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fundamentos

22-05-2019

Bruno Barros

Enquanto você muda, os outros podem continuar os mesmos

Mulher correndo contra o vento e olhando na direção da tela.
homem no topo da montanha contemplando o horizonte

Dois comportamentos são muito comuns quanto alguém está mudando de hábitos. Independe de quem seja, você pode cometer até mesmo os dois e nem perceber.

O primeiro é querer convencer a todos de fazerem o mesmo que nós. Queremos que as pessoas a nossa volta embarquem na mesma jornada que a gente. Não seria justo guardar só nós as novidades.

O segundo é esperar que agora que percebemos algo, todos tenham a mesma opinião. Esquecemos que até ontem pensávamos diferentes.

Temos grandes expectativas de que quem a gente conhece se comporte da mesma forma que nós.

O fato é que as relações começam a ficar mais desconfortáveis. Algumas pessoas se afastam. Uma impressão de que todos a nossa volta estão um pouco diferentes começa a surgir.

No entanto, o que aconteceu é muito simples. Você mudou e não os outros.

O que você sente quando alguém fica insistindo para que faça algo que não está nos seus planos?

Esse filme é antigo

Isso sempre acontecia quando alguém do nosso trabalho viaja para fazer um treinamento. Acontece conosco também.

Na volta, as pessoas voltam cheias de energia para mudar tudo na empresa. Durante o curso, nós percebemos coisas que poderiam ser feitas para melhorar o trabalho atual.

Depois do treinamento, empolgação e opiniões sobre o que deve ser feito afloram.

Quem nunca acabou cuspindo soluções para todos os problemas depois de um treinamento?

O resultado é uma quantidade enorme de resistência das outras pessoas e nenhum sucesso. Volta tudo ao normal, não é?

Voltamos com tanta clareza do que está sendo feito de errado, que não é possível deixar de ficar frustrado por ninguém enxergar também.

Quem fez o treinamento esquece que até pouco temo atrás era igual a todo mundo.

Quem acha a luz quer compartilhar

Talvez você acredite está no caminho da salvação. E imagine que tenha todas as respostas para os problemas das pessoas que gosta.

Assim, a única coisa que deseja fazer é abrir os olhos destas pessoas para que elas sigam seus conselhos. Não é? Temos alguns problemas aí.

Não faz sentido não querer que as pessoas que você gosta compartilhe do mesmo destino que o seu.

Só que do mesmo jeito que você não quer ser convertido para a religião do seu amigo, não quer alguém te dizendo como deve lidar com a própria vida.

Sua sugestão automaticamente vem acompanhada de uma crítica de como a outra pessoa está vivendo a vida atualmente. Fica a impressão de que só você sabe o que é certo e a outra pessoa não.

Será pior ainda quando o erro existe e é evidente, como no caso dos fumantes. As pessoas que fumam estão ciente dos riscos e não estão esperando conselho algum.

O belo envergonha o feio

Bela paisagem com o mar o fundo

Imagine que você teve uma ideia de abrir um negócio. Resolveu encarar o desafio e depois de muito esforço as coisas começaram a certo.

Resolve compartilhar com um amigo e a primeira coisa que ele tem a dizer sobre sua alegria é que dinheiro nunca levou ninguém a ser feliz. Situação normal, mas que não é fácil. Entenda que críticas surgirão de onde menos espera.

No livro 12 Regras para a Vida, o autor Jordan Peterson usa a expressão “O belo sempre envergonhará o feio”.

Uma característica que achamos muito positiva, ao mesmo tempo que gera admiração, resulta em uma certa vergonha em nós mesmos.

Imagine que você tenha melhorado a qualidade da sua vida cada vez mais. Parou de fumar, emagreceu, está se vestindo diferente, arrumou um emprego que te deixa mais feliz, seja o que for.

Você vai começar a incomodar as pessoas ao seu redor. Seja de forma ativa, o pior caso, ou apenas por existir.

Quem faz parte do grupo que tenta fazer isso ativamente, certamente está escondendo ou negando problemas. É aquele que não para de falar em como a vida tem melhorado.

Acaba usando a nova autoestima para querer impressionar, tentar convencer a si mesmo de algo que não tem muita certeza, esconder outros problemas etc.

No outro caso, a mudança por si só já pode ser um problema. Se mudou apenas para se sentir melhor e está tratando os resultados de forma discreta, as pessoas ainda irão reagir.

Você será um lembrete constante de que mudar é possível. Cada dia que passa, você lembra estas pessoas que elas estão paradas no mesmo lugar também por responsabilidade própria.

Uma situação mais curiosa ainda começa a acontecer. As pessoas começam a te explicar, sem motivo aparente, porque elas não estão fazendo o mesmo que você.

Parece que precisam da sua validação de que se estivesse no lugar delas, também não estaria fazendo muita coisa.

Informação raramente é o problema

O livro Mude ou Morra traz o exemplo das pessoas que mesmo sabendo que tem de parar fumar morrem sem conseguir. Você acha que elas fazem de propósito?

Claro que não. Não caia no engano de criticar todo mundo que tem um modelo diferente do seu porque agora você achou o “caminho certo”.

Gurus dizendo que você deve fazer isso ou aquilo estão espalhados por toda parte. Pessoas dispostas a compartilhar e realmente aplicando o que compartilham são poucas.

Desconfie dos conselhos que só dão certo se você comprar um produto junto. Gosto muito do canal do Tom Bilyeu, por exemplo.

Existem patrocinadores, e até a indicação de compra de alguns produtos. Só que você pode mudar sua vida com os vídeos sem gastar nenhum real. Bastaria compreender o inglês.

Volto a citar o livro Mude ou Morra, que me ajudou muito a compreender este processo. Confesso que sofria e ainda sofro um pouco quando vejo pessoas queridas lutando com situações que não conseguem superar.

Eu poderia até achar que o sofrimento é sem fundamento ou de fácil resolução. No entanto, a situação delas é diferenta da minha e este julgamento é incorreto.

E se já estive com o mesmo problema, tendo a me esquecer de como era difícil. Inclusive, amanhã pode voltar a ser complicado até para mim. Assim, está claro que informação não é a salvação.

Cada um tem seu tempo

foto de relogio sobre uma mesa

Não se pode exigir que ninguém mude junto comigo, por mais próxima que a pessoa seja. Cada um tem seu tempo.

O exemplo serve mais do que qualquer conselho fajuto. Se preocupe em continuar no caminho certo.

Outro ponto é que tendemos a jogar um caminhão de fatos em cima das pessoas para que elas mudem.

Se você é pai, talvez faça com seu filho. Mesmo que não seja, lembra quando seus pais faziam e não dava certo? Muitas vezes exige o que não é capaz de realizar.

Só que pessoas não esperam por fatos, mas esperam ter esperança. Se está querendo que o outro mude, mas no fundo não acredita ser possível, é capaz que a pessoa sinta a desconfiança e se afaste mais ainda das suas tentativas.

Enfim, muito cuidado para não virar o chato que fica pregando por aí o que os outros tem de fazer das próprias vidas. A

s pessoas têm tempos diferentes. Será que você sempre esteve disposto a encarar o que está lendo por aqui? Lembre-se, você mudou e não os outros.

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Artigos do site mencionados

Referências externas¹

Livros mencionados²

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