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Você sabe o que define o sucesso de uma boa dieta? Não é emagrecer, ficar forte, definido etc.
O resultado positivo de uma dieta é quando ela te coloca em um comportamento saudável e de longo prazo, de acordo com seus objetivos de vida. Assim, você acaba emagrecendo, ficando forte ou obtendo qualquer que seja seu desejo.
Uma forma de se alimentar que emagrece 20kgs em dois meses, mas gera uma úlcera e um distúrbio alimentar não é uma dieta de sucesso. De acordo?
Sabendo disso, entendemos que a vida de um profissional de nutrição não é nada simples. Procure o que um nutricionista precisa considerar para montar uma boa dieta e verá que não é nada fácil.
Porém, mesmo os melhores profissionais, não conseguem abordar tudo que é necessário para se executar uma boa dieta. E a verdade é que você não vai dar todas as informações que ele precisa, nem mesmo se ele perguntasse.
O sucesso do seu projeto vai estar em fatores que vão além do que se come. É sobre isso que este artigo vai tratar.
Por que você come?
Quem é que sabe dizer por que come o que come? A verdade é que uma dieta pode ter zero chances de sucesso se não entendemos os motivos que nos leva a dar a primeira garfada.
Comemos para nos punir, para matar o tédio, porque não resistimos a um sabor, porque a comida estava a mostra, como recompensa porque merecemos, por pressão social, por hábito, porque achamos que é preciso, por buscar um prazer etc.
Os motivos que levam alguém a mastigar ou beber algo são muito variados. Entender por que estas coisas acontecem e quantas vezes por dia corremos maiores riscos, pode fazer toda a diferença.
Talvez o segredo para uma saúde melhor seja entender o que te leva a comer, muito menos do que o que você come.
Como é sua rotina além da alimentação?
A que horas você acorda e que horas está habituado a dormir? Que momentos do dia se sente mais propício a tomar decisões ruins, por estar cansado?
Quando você tem mais tempo para preparar uma refeição e quando precisa que ela seja rápida? Quantas horas precisa ficar sem comer entre uma refeição e outra?
Você passa a maior parte do tempo sentado em um escritório ou trabalha entregando cartas na rua? Trabalha de casa, em um local fixo ou em movimento?
Os finais de semana vão permitir que você se alimente da mesma forma que os dias de semana? Se permitirem, a dificuldade e situações serão parecidas ou muito diferentes?
Como mais sozinho ou acompanhado? Tem liberdade de escolher onde vai comer ou recebe refeições prontas?
Sua rotina esconde uma quantidade imensa de detalhes. Só um excelente acompanhamento ou sua própria vontade de encontrar o que funciona para você irá explorar este mundo de possibilidades.
Repare meu caso. Se durmo mal um dia, provavelmente o próximo será mais difícil. No final de um dia mais cansativo, se tenho de ir ao mercado, geralmente minhas decisões de compras são piores.
No próximo dia cansativo, ao ter comprado o que devia, acabo comendo mais do que não devia. Não é nada simples.
Como são os hábitos que envolvem comida das pessoas a sua volta?
Devemos avaliar as pessoas que moram junto com a gente. Elas estão dispostas a entrar nesta nova forma de se alimentar? Se elas não vão entrar junto, a opinião dela pesa na escolha do que vamos comer?
Pode não ser quem mora conosco. Talvez nosso relacionamento amoroso, amigos ou colegas de trabalho sejam aqueles que mais vão influenciar esta equação.
Visitas a familiares que acham falta de educação não comer nada são recorrentes? Não se pode nem mesmo escolher o que se vai comer, pois é ofensa? Devemos analisar como esta situação será trabalhada, pois pode ser evitada, amenizada ou mesmo abraçada e compensada em outros momentos.
Precisamos saber evitar, nos prevenir, otimizar, aproveitar, encarar de frente ou até mesmo apenas aceitar cada situação, dependendo do seu tipo.
Ao considerar que a dieta não é algo que se faz sozinho, nossas chances de sucesso aumentam consideravelmente.
Qual o motivo de você estar querendo fazer uma dieta?
O que nos leva a querer mudar de hábitos alimentares? Três anos atrás, por exemplo, eu escolhi que gostaria de mudar minha forma de me alimentar porque ela tinha um aspecto infantil.
Tem gente que quer tratar alguma doença, evitar outras, diminuir o peso, aumentar o peso, diminuir massa gorda, aumentar massa magra, melhorar o desempenho nos esportes, melhorar a disposição durante o dia ou simplesmente se sentir mais saudável.
Alguns objetivos são questionáveis, como o de entrar em um vestido para um casamento que acontece em cinco dias. Não parece uma boa ideia e mesmo que já fez, sabe disso.
Entender as formas que nos leva a escolher como vamos nos alimentar é essencial para o sucesso da empreitada.
Como é sua vida social?
Já falamos sobre as pessoas que você convive. Porém, um aspecto que vai além dessas pessoas é sua vida social. Como ela é ou como você pretende que seja?
Existem muitos eventos semanais em que as pessoas estão bebendo e comendo? Resistir a estes eventos é algo que você pretende aprender ou não? Quão difícil é? Quantos deles vale a pena deixar de comparecer?
Existe ônus em outras áreas da sua vida ao evitar estes eventos? Quais deles? É possível optar por alimentos melhores ou até mesmo não comer nada, mesmo que as outras pessoas estejam comendo? Sua vida social é misturada com sua carreira profissional?
Sua alimentação está diretamente ligada ao relacionamento com as pessoas a sua volta. Entender suas prioridades e o que pode fazer em cada situação é essencial.
Qual sua situação física e mental atual?
Quantas vezes você já fez dietas antes? Você se considera um caso perdido ou na verdade tem muita esperança de que sua dieta vai dar certo?
Considere sua relação e satisfação com o trabalho, família, amigos, vida amorosa e até com seu próprio corpo. Você se sente estressado ou está em depressão?
Existe alguma doença ou quadro que o médico não considera ter relação com alimentação específica ou que restringe algum tipo de alimento?
Mudar a forma com que nos alimentamos afeta vários aspectos da nossa vida. Precisamos encarar o impacto disso em nosso humor. Uma boa estratégia pode tirar proveitos de alguns e se planejar contra outros possíveis problemas.
Como você enxerga a comida?
Você separa os alimentos em grupos saudáveis ou não saudáveis? Acredita em rótulos de mercado que dizem ser fit, lights e etc?
Esta classificação passa a impressão de que itens de um grupo podem ser consumidos à vontade e que o outro é proibido. O que não é um bom raciocínio.
Inclusive, pode causar armadilhas. Suco de frutas, como o de laranja, tem um rótulo saudável para alguns. Outros acabam o banindo da dieta.
A verdade é que seu índice glicêmico além de não ser dos menores, a bebida é rica em carboidratos. Não é uma boa ideia exagerar na dose como se espalha por aí.
Também não quer dizer que não seja uma excelente opção para alguns casos, principalmente se ajudar a substituir um grupo alimentar muito ruim.
Um suco de laranja acompanhado de uma tapioca com queijo sempre será uma boa ideia se a única outra opção é um copo de refrigerante acompanhado de um sonho.
Conclusão
A forma que comemos é influenciada por vários aspectos de nossa vida. Nossa alimentação impacta muitas outras áreas de nosso comportamento.
Ao desejar alterar nossa educação alimentar, precisamos ter a curiosidade de entender estes fatores. Muitas vezes, o sucesso da dieta não está mais ligado ao que se pode ou não comer.
Toda ajuda é bem-vinda e em muitos casos necessária. Porém, os detalhes são tão específicos e só seu interesse genuíno por mudar que vai gerar resultado.
Simples mudanças, como a hora que você vai ao mercado ou o horário que visita sua família já podem ser o suficiente. Ao compreender como pode fazer alterações ao seu favor, suas chances de se alimentar melhor serão muito maiores.
