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22-05-2020

Bruno Barros

5 hábitos que você herdou de sua infância e que te limitam

Mulher correndo contra o vento e olhando na direção da tela.
criança comendo e toda suja de bolo de festa

Muitas coisas são repetidas em nosso ouvido por muito tempo. Antes mesmo de conseguirmos julgar o mundo. Quando nos tornamos adultos, já consideramos como verdade.

Algumas crenças acabam passadas para frente por puro hábito. Outras vezes, porque nos faz parecer melhor para nós mesmos.

Por exemplo, alguém que tenha dificuldade em matemática e facilidade em português e defende só ser necessário aprender o básico de um dos dois. A vida é muito mais fácil se acreditarmos nisso.

Baseado em ilusões que carregamos desde a Infância, que escrevi este texto. Está na hora de mudar alguns preconceitos que podem te impedir de seguir em frente.

Ou se exercita o cérebro ou o corpo

Talvez achemos esta ideia inofensiva. Permitimos a associação de que pessoas intelectualmente capazes deveriam ter aversão ao esforço físico.

A única parte que alguém inteligente deve exercitar é o seu cérebro. A força física e agilidade passaram a ser desejos apenas de quem tem a mente vazia e fraca.

Quem quebra este padrão no mundo aqui fora, acaba por ter de esconder o doutorado na academia e as capacidades físicas na universidade.

Assim, devagar vamos deixando o corpo de lado. Aí não são esquecidos apenas os exercícios. Qualquer movimento ou expressão corporal são delegadas aos menos inteligentes.

O resultado é que achamos engraçado o estereótipo de uma conferência de professores de física ou matemática onde ninguém sabe dançar. E a verdade é que muitos gostariam de saber.

Porém, para uma vida equilibrada, esta escolha não faz sentido. Precisamos investir nos dois. Corpo e mente precisam estar em sintonia.

Pessoas que cuidam da aparência são fúteis

homem arrumado e de óculos

Este problema tem muita relação com o anterior. Aqui, dois pontos são importantes:

  • Sua aparência será definida em boa parte por sua genética e criação. Pessoas belas naturalmente acabam se destacando e o restante fica com uma sensação de impotência.
  • Padrões de beleza são cada vez mais surreais e podem ser observados todo instante a um clique de distância.

Os dois pontos geram um sentimento de insatisfação grande em muita gente. O belo nos atrai, mas também nos ofende.

Assim, propagamos preconceitos também irreais sobre os privilegiados. E esses sentimentos acabam refletindo em qualquer um que pareça cuidar da aparência.

Esta crença faz com que não pareça interessante você cuidar de como se vê no espelho. Como se você estivesse negando que é para pertencer a um padrão inalcançável. Porém, o cuidado equilibrado com o corpo é essencial para uma vida saudável.

Somos um condomínio. Corpo, mente, bactérias e muito mais formam quem você chama de indivíduo. É preciso que um esteja dando suporte ao outro.

Logo, cuidar para que ao se olhar no espelho a gente se sinta bem, não quer dizer que seus valores são rasos ou que você fútil.

Não existe problema e é saudável cuidar da sua aparência. O problema é apenas ser escravo dela. Seja você do grupo supostamente privilegiado ou não, não tenha vergonha em investir em um visual que te agrada.

Criança que come muito é orgulho para os pais

Não é comum um pai acreditar que filho precisa comer muito. Porém, crianças geralmente são mais ativas que os adultos, mas muito menores. Você ter orgulho que seu filho come mais do que você é um absurdo.

Isso faz com que comportamentos na vida adulta continuem sem fazer sentido. Pessoas adultas e muito acima do peso estão constantemente dando recomendações de como os outros devem se alimentar. Não veem problema nenhum nisso.

A verdade é que até hoje uma alimentação correta é um mistério. Ninguém tem 100% de certeza que o que faz bem para uma pessoa fará para outra.

Milhares e milhares de estudos tentam desvendar este mistério, mas ele ainda está longe de ser superado. No entanto, uma coisa é certa. Se existe dúvida no que demos comer, não existe dúvida que a maioria de nós deve comer menos.

Assim, comece a se preocupar em cobrir o que seu corpo precisa além da quantidade. Certamente que você tem calorias armazenadas aí para queimar por muito tempo.

Esta categoria tem um problema bônus. A ideia de que sobremesa com doce é um prêmio para quem come bem e necessária no almoço e janta.

Sair sem casaco no vento vai te adoecer

pessoa sentada na areia na posição de meditação olhando para o mar

Quem nunca ouviu da mãe que deveria usar um casaco ao sair de casa. A temperatura não precisa baixar muito. Basta um ventinho para você se cobrir todo. Até mesmo dentro de casa, se pede para não andarmos descalços, senão vamos adoecer.

É importante deixar claro que todos estes comportamentos existem por um motivo. Aqui, temperaturas mais baixas que o seu corpo está habituado vão reduzir o fluxo sanguíneo nas extremidades. Mucosas vão se ressecar e você pode ficar mais exposto à algum vírus.

No entanto, não se evita o problema acreditando que a causa é o vento frio. Inclusive, à exposição controlada a ambientes variados vai te deixar mais forte. Lembra que o conforto exagerado pode ser perigoso?

Seu corpo precisou ser capaz de resistir a muita coisa para você ter chegado até aqui.

Pessoas vivem em locais de temperatura extremamente baixas, sem problemas. Na Noruega, bebês dormem do lado de fora em temperaturas que nunca veremos por aqui.

Você precisa deixar de acreditar que é mais frágil do que a realidade para que seu corpo não acredite na mesma história.

Temos que evitar o risco, mas também vergonha de ter medo

Já presenciei uma cena semelhante de diferentes formas dezenas de vezes. Ela representa bem este problema.

Uma criança de uns três anos ensaiava correr de um lado para o outro. Os pais chamavam a atenção que estava molhado e era perigoso. Correr ou pular poderia acabar em um desastre.

A criança estava esperando o horário de entrar na água e tentava matar o tempo. A justificativa era de que o sol estava muito quente e era necessário deixar o sol perder intensidade.

Pouco tempo depois a entrada estava liberada. O jovem brincava com o pai dentro da piscina e o adulto tentava ensinar o filho a nadar sozinho. Porém, o pequeno tinha medo.

crianças brincado na água

O homem não conseguia mostrar a falta de paciência e raiva, misturada com decepção. Tentava a todo instante convencer o filho a ter coragem.

No entanto, não para por aí. Em um certo momento, outras crianças começam a pular dentro da água. O menino reprimido a correr e pular, é incentivado a se atirar nos braços do pai.

É claro que ele se recusa. Os pais perdem a paciência e insistem, até que a criança rompe a chorar. Eles aproveitam a situação para explicar que é necessário coragem e usam as outras crianças como bom exemplo.

Passamos sinais totalmente confusos para um pequeno que ainda não tem experiência alguma com a vida.

Você pode achar que a situação de pular nos braços dos pais dentro da água e correr na borda da piscina oferecem riscos diferentes. Que o comportamento dos pais está correto.

No entanto, nenhuma criança tão nova é capaz de entender estes conceitos. Esperar que ela faça a distinção entre as situações e controle mais suas emoções que um adulto é absurdo.

Nem mesmo você como adulto sabe a real probabilidade de uma criança se machucar assim. Só sabe que pode existir um dano muito alto.

A ideia não é deixar as crianças correrem livres em qualquer lugar. No entanto, seu filho precisa aprender a se mover e só você poderá ensinar.

crianças pulando em cima de feno

O fato é que é tarde para a maioria de nós. Carregamos este conflito interno desde criança e continuamos passando para frente.

Você não foi ensinado a testar o risco, mas a tentar adivinhar onde ele existe. Tudo quebra, tudo não pode, a cada esquina existe um grande perigo.

Passa a infância ouvindo de outras pessoas por onde deve ir ou não. A verdade é que você se tornou péssimo nisso tudo. Talvez um grande covarde.

E o começo da mudança é saber sua dificuldade e entender que a maioria dos seus medos não tem fundamento. Segurança é muito menos do que acredita. Simples assim.

Resumo

Passamos a vida arrastando crenças que só resultam em nos limitar. São muletas usadas para se ter uma justificativa de continuar tudo do jeito que está.

Ou então para nos sentirmos melhor quando outra pessoa se mostra diferente.

E a verdade é que não se precisa de muito para lidar com o que foi apresentado neste texto. É uma simples mudança de consciência de que se acredita em algo que não tem muito embasamento.

Entrar em paz com sua infância, mas abandonar estes preconceitos, pode ser a primeira peça de dominó na sua mudança de hábitos.

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