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19-11-2019

Bruno Barros

Minha experiência com a dieta cetogênica

Mulher correndo contra o vento e olhando na direção da tela.
Ao ler minhas experiências, sempre considere que o que funcionou para mim pode não funcionar para você ou te fazer mal. Somos todos diferentes. Aprenda a escutar seu corpo e responder a isso, esse é o objetivo.

Cerca de dois anos atrás, acabei tendo a minha primeira experiência com dietas. Acabei começando com uma low carb, a cetogênica. Muita coisa deu certo e outras deram errado, mas o fato é que poderia estar melhor informado quando comecei.

O objetivo de contar minha experiência é que você não passe pela mesma situação.

Pessoa comendo um bonito prato de verduras

Porque decidi fazer uma dieta

Do meio do ano de 2017 para trás, meu prato era sempre muito parecido: um tipo de carne, arroz, farinha e feijão. Gostava demais de uma parmegiana e trocava a batata frita por purê. Como gostava de uma lasanha, de uma pizza, de um pãozinho de sal com presunto e queijo!

A maioria das minhas calorias vinham de carboidratos. A única fruta que comia regularmente era banana na vitamina do café-da-manhã e nada de verduras e legumes. Meus amigos falavam que meu prato era de criança e que não experimentava nada de novo.

Foi aí, que por um motivo que pode ser totalmente diferente do seu, decidi mudar minha alimentação. Meu foco realmente não era emagrecer, perder massa gorda, ou coisas do tipo.

Simplesmente queria mudar radicalmente a minha forma de me alimentar. Procurei um nutricionista recomendado por alguns amigos, na esperança de largar minha dieta aparentemente infantil. Foi isso que falei para ele.

Minha experiência foi desastrosa. Andava muito de bicicleta e ele decidiu aumentar a quantidade de carboidratos que ingeria. Pediu apenas que eu cortasse álcool de algum destilado e carne de porco. Passou algumas opções e os horários que eu deveria comer.

Eu ia na bike para o trabalho. Uma das dicas era que assim que terminasse de pedalar, comesse um doce. Podia até ser leite condensado puro. Pode?

Porque escolhi a cetogênica

Mesmo não seguindo a dica específica do leite condensado, mas seguindo o restante da dieta, meu percentual de gordura foi de 11% para 13% no primeiro mês. Revimos o plano, pois parecia ter algo de errado comigo só ganhando massa gorda.

Nos meses seguintes, quando medi pela terceira vez, cheguei aos 16%. Foi aí que resolvi buscar outras opiniões e assumir minha própria responsabilidade no plano. Comecei a pesquisar por conta própria.

Meu foco era mudar o prato infantil. Já até tinha avançado um pouco com o nutricionista, que me deu dicas para cozinhar coisas diferentes e testar o paladar.

Como minha base alimentar era praticamente carboidratos, virar a dieta de cabeça para baixo era cair de cabeça nas proteínas e gorduras boas e comecei a pensar nesta opção.

Pesquisando na internet sobre coisas aleatórias, a dieta cetogênica sempre aparecia. Se você já leu o livro Tools of Titans, do Tim Ferriss, vai lembrar o tanto de gente que cita a dieta como uma poderosa ferramenta na vida deles.

Posso dizer que entendi mais sobre a dieta pesquisando sobre pessoas que desempenham muito em uma área totalmente distinta de alimentação do que pesquisando sobre a dieta em si.

Foi assim que decidi que a dieta cetogênica seria minha primeira experiência com uma dieta low carb. Na verdade, posso dizer que foi a primeira dieta da minha vida, pois antes só tinha rolado a experiência com o nutricionista.

Que não era lá uma dieta. Como tinha escutado falar muito do jejum intermitente, também achei que seria um bom treinamento para possivelmente testar o jejum.

Antes de começar

Mão escrevendo itens um caderno

De início, minha maior dificuldade era que não comia nada de frutas e verduras. Apesar de fazer a festa inserindo bacon, queijo, ovos, sabia que teria de comer o que não estava habituado.

Como tinha lido bastante sobre mitigar possíveis efeitos coletareis e verduras eram essenciais, precisava conseguir comer uma boa quantidade para poder entrar em uma dieta dessas. Tomei vergonha e inseri as que achava mais fácil de preparar.

O curioso é que me interessei pelo processo de entender porque não comia verduras e umas das coisas que percebi tinha a ver com a temperatura. Comidas mais frias tendiam a não me agradar. Isso mudou, mas na época encontrei uma boa solução.

Cozinhava brócolis, couve-flor e similares no vapor, depois jogava alface, couve etc., em cima por um minuto e comia quentinho. Aprendi a gostar de muita coisa, mesmo cru, desde então. Descobrir um novo paladar ajudou muito.

Então resolvi começar de vez. Troquei toda a comida da minha casa e não dei sorte para o azar. Fiz uma avaliação física na academia para ver como estava o percentual de gordura. Fui ao médico e pedi tudo quanto era taxa que poderia ser analisada em um exame de sangue. Tudo pronto para começar.

A dieta

Para minha surpresa, percebi que a tal crise de abstinência do carboidrato não me atacou. Existe até um termo em inglês chamado “keto flu”. Os sintomas esperados são de uma gripe forte, sem a febre. São fortes dores de cabeça, fraqueza, náusea e por aí vai.

Eu realmente não tive nada parecido e até cheguei a questionar se estava fazendo certo e tinha cortado os carboidratos mesmo. Pensei até em exagerar no corte de verduras que pudessem ter carboidratos para perceber.

Apesar de não ter passado pela crise, percebia que estava dando certo, pois passei a urinar muito. Ia ao banheiro igual mulher grávida. Meu corpo estava reagindo à dieta. Na primeira semana foram-se 3kgs embora, sendo que estava comendo bem mais. Era quase tudo água.

Comecei a perceber os sinais de estar em cetose na segunda semana. Os dedos começando a ficar roxos e as extremidades do corpo mais frias. De vez em quando um certo mal hálito, que ficava igual um maluco perguntando para as pessoas para saber.

Então, tudo que esperei de negativo que pudesse aparecer, mas não apareceu:

  • Insônia
  • Diarreia
  • Tontura
  • Náusea
  • Câimbras
  • Baixo desempenho na academia
  • Palpitações

O maior problema esperado, foi que cheguei a ficar até quatro dias sem ir ao banheiro fazer o número dois. Além do problema da adaptação, demorei a perceber que estava exagerando na ingestão de fibras.

Principalmente porque meu corpo não estava acostumado com nada parecido. Lembra que eu não comia verduras? Tentei evitar um problema que acabei causando.

Acredito que boa parte disso foi o fato de além de estar consciente dos problemas, ter me preparado para cada um deles. Acabei compartilhando como fiz para evitar os efeitos colaterais da dieta cetogênica em outro texto.

Sobre o lado positivo, tive resultados esperados e que apareceram:

  • Fome desapareceu.
  • Emagrecimento rápido. Principalmente do abdômen. Perdi quase 6kgs na balança e meu percentual de gordura foi de 20% (pois é, cheguei até os 20%) para 11% em um pouco mais de um mês.
  • Insulina basal foi para 3,41 µUI/mL.

No mais, não tive a sensação de aumento de foco ou variações no exame de sangue. Exceto em um indicador chamado TGO, indicando que estava comendo proteína demais. O que foi corrigido no exame seguinte, três meses depois, mas eu já estava utilizando o jejum e a história é de outro texto.

A grande surpresa

Criança com cara de surpresa

Ninguém tinha me preparado para o maior impacto, o social. Primeiro que sempre tive a aparência magra. Assim, as pessoas têm seus motivos para fazer uma dieta e eu não explicava muito os meus.

Elas não conseguiam aceitar que alguém magro estava limitando o que podia comer e tentavam me empurrar comida de tudo quanto é jeito. Brasileiro gosta de empurrar comida nas pessoas que ele gosta, não é mesmo?

Repare que esta turma não sabia detalhes da dieta, só estava vendo eu dizer que não comia uma coisa ou outra.

Outro fator que impactou pesado foi que parei de beber cerveja. Na verdade, no primeiro mês cortei o álcool. Continuava fazendo companhia no Happy Hour, mas um reconhecido bebedor de cervejas não consegue passar ileso quando decidi não beber mais.

Meus amigos sofreram por um mês com meu copo vazio e fizeram força para recuperar o guerreiro abatido.

Outras pessoas próximas que descobriam o plano completo, juravam que eu tinha ficado louco. Não sou de dizer que estou fazendo algo diferente.

No entanto, quem via meu prato ter mudado drasticamente, acabava perguntando o suficiente. Aí eu respondia às perguntas honestamente, explicando que estava fazendo uma dieta low carb.

Cheguei a ganhar pedaço de bolo em aniversário só para verem se eu comia. Recebia mensagens no telefone, de gente que não tinha este hábito, perguntando se já tinha parado a dieta maluca.

Ficava evidente o tanto que eu ameaçava o estilo de vida das pessoas que estavam convivendo comigo. Tive de ter paciência, mas foi um processo de conhecimento divertido.

Todo mundo tinha uma história para contar que ficar sem carboidrato por um mês podia me matar. É até engraçado ver o estilo de vida das pessoas que me davam estas dicas, pois não pareciam ser os mais saudáveis.

Ficava evidente que falavam da boca para fora e ou as vezes estavam apenas tentando convencer elas mesmas do que estavam dizendo.

Além de lidar com o comentário das pessoas, passei a ter que escolher com cuidado os restaurantes que podia ir. Nem todos tinham opções. Tive a grata surpresa de nunca mais ter hipoglicemia.

Era comum eu pedalar uns 10kms e quanto tinha de parar por causa de um semáforo, ficar tonto. Fora toda a relação com a comida que já mencionei. Ao fim do processo, fiquei muito feliz. Parecia outra pessoa.

Resultado

Para a primeira experiência com uma dieta low carb, não tive muitos problemas. Ajudou muito a construir a base da minha alimentação de hoje e tornou o açúcar algo totalmente desnecessário. Virou uma forma de se alimentar que recorro de vez em quando.

Pontos positivos:

  • Perda de massa gorda e redução de massa magra.
  • Consegui manter a alimentação saudável.
  • Acabou a fome e malhar de manhã deixou de ser problema. O fim da hipoglicemia.
  • Perda de massa gorda e redução de massa magra.
  • Consegui manter a alimentação saudável.
  • Acabou a fome e malhar de manhã deixou de ser problema. O fim da hipoglicemia.

Pontos negativos:

  • Comecei a ficar preocupado demais com a quantidade de carboidrato ingerido. Não quero ter uma relação de preocupação com alimentos.
  • Controvérsia sobre malefícios a longo prazo ainda pouco conhecidos.
  • Difícil aceitação das outras pessoas. O brasileiro tem como base o carboidrato.
  • Comecei a ficar preocupado demais com a quantidade de carboidrato ingerido. Não quero ter uma relação de preocupação com alimentos.
  • Controvérsia sobre malefícios a longo prazo ainda pouco conhecidos.
  • Difícil aceitação das outras pessoas. O brasileiro tem como base o carboidrato.

Quer conhecer mais? Comece pelo guia rápido da dieta cetogênica aqui.

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Artigos do site mencionados

Referências externas¹

    Livros mencionados²

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