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04-05-2019

Bruno Barros

Não se compare com os outros, mas com você mesmo

Mulher correndo contra o vento e olhando na direção da tela.

A expressão “a grama do vizinho é sempre mais verde” não surgiu por acaso. Nos comparamos muito com as pessoas que nos relacionamos.

Ficamos felizes quando comparados aos outros sentimos que estamos melhores. Consequentemente, tristes quando acreditamos termos ficado para trás.

O problema é que é muito difícil fazer uma comparação precisa com as pessoas ao nosso redor, por mais informação que tenhamos.

Assim, para mudar seus hábitos, será preciso entender que a comparação consigo mesmo pode ser muito mais importante.

Aprender a saber o momento se comparar com você e não com o colega de trabalho, vai ter levar longe.

Imagem de mulher segurando pesos e se olhando no espelho de forma hostil

Por que você se compara com os outros?

Você foi programado para se comparar com os outros. O reino animal é uma eterna comparação.

A sociedade não é diferente e sempre usa referências. Uma pessoa não pode ser considerada alta se só ela existisse, certo?

Como saber se alguém é bonito ou feio? Como definir se alguém tem poder? Poder sobre quem? Só faz sentido se for sobre outras pessoas, certo?

No entanto, somos a primeira espécie que pode e vem tentando quebrar este padrão. Ainda está longe de chegarmos lá, mas cada vez mais estamos indo em direção a uma sociedade em que as pessoas têm maior influência sobre seu destino.

Se você tem o privilégio de ler este texto, você tem uma liberdade maior que suas gerações anteriores e que muita gente lá fora.

Pode definir o que é importante e até onde quer ir em vários aspectos da sua vida. Talvez o problema será mudar sua forma de pensar e começar a perceber isso.

O resultado dos outros altera a percepção do seu resultado

Digamos que você trabalha para mim e eu seja responsável por definir o seu salário mensal.

Hoje, ao final do dia, dou a notícia que vou aumentar ele em 3 vezes. Qual seria sua reação? Aposto que de felicidade.

No outro dia, você retorna ao trabalho. Rapidamente, descobre que um colega ganhou um aumento duas vezes maior que o seu. Ele ganhará o dobro do seu salário e em sua opinião não entrega nem a metade do que você.

Não só a notícia do dia anterior virou uma má notícia, como agora a situação parece injusta e seu dia será horrível.

Sua situação individual melhorou, não há dúvida. No entanto, sua sensação é que piorou muito. Somos muito influenciados pelo ambiente que estamos inseridos.

Queremos ser mais bonitos, mais bem-sucedidos, mais bem admirados que todos as nossas voltas. Queremos que o mundo nos trate com a justiça que acreditamos merecer.

A má notícia é que todo mundo tem uma dificuldade grande para avaliar sua própria situação e a dos outros. Você consegue sentir o mau hálito do seu colega em segundos e ele viver uma vida inteira sem perceber.

Você acha que o problema é falta de escovação, mas ele tem um problema genético sem solução. Os dois vivem acreditando em algo que não é realidade.

O outro pode ser apenas um espelho quebrado

Imagem de uma mulher se olhando em espelho quebrado

Quando avaliamos alguém, a chance é grande que as conclusões tenham como base nossa história.

Nunca teremos informações suficientes para tirar uma boa conclusão. Temos várias opiniões erradas sobre nós mesmo, quem dirá dos outros.

No entanto, juntamos nossa experiência com informação ruim e aí não tem como dar certo.

Você ficaria surpreso com o tanto de conclusões que tem a respeito das pessoas a sua volta e que são completamente imprecisas.

Quando pedi demissão do meu último emprego ficava fácil de perceber isso. A maioria das pessoas que ficavam sabendo me perguntavam onde iria começar a trabalhar.

Uma pergunta aparentemente normal e que deixava de lado todas as outras possibilidade. A única viável era de ter conseguido outro emprego melhor.

Basta que você tenha um pouco de atenção e paciência que perceberá que as pessoas a sua volta têm opiniões totalmente distintas sobre sua vida.

Até mesmo as muito próximas. Seu pai e sua mãe podem ter versões totalmente opostas dos filhos.

No entanto, você acredita que as opiniões que tem a respeito dos outros estão extremamente corretas. Não é?

Você costuma se comparar com os outros nas redes sociais?

As redes sociais transformaram a vida dos outros em uma suposta janela aberta. O problema é que esta exposição mostra algo incompleto e irreal.

Além de imprecisão quanto ao que realmente está acontecendo, as pessoas tendem a compartilhar somente o lado bom.

Você não consome postagens de pessoas que estão na pior. Até mesmo boas fotos omitem os obstáculos que surgiram no passado para se chegar ao momento do resultado no Instagram.

Porém, ao ver todos seus amigos vivendo bem existem duas opções. Sofrer agora ou tentar mudar de vida. Digamos que você escolheu o segundo caminho.

No primeiro obstáculo, começa a ver que todo mundo consegue de forma mais fácil o que você está lutando muito e ainda não conseguiu.

Porém, como saber por que está sendo tão complicado? Sua amiga começou a correr na mesma época e já está fazendo cem quilômetros por semana e você não consegue fazer dez.

E quando eu digo todo mundo, esta é sua sensação. Existem 500 pessoas conectadas ao seu Instagram, mas cinco delas postando, te passa a sensação de que são todos.

Sua amiga tirou uma foto depois de cinco quilômetros de corrida. O registro é de um evento do ano passado. Atualmente, faz semanas que ela está com preguiça de sair da cama.

Só que você não faz ideia. Mesmo que ela tenha dito que a foto é velha na descrição, é capaz que sua atenção tenha deixado passar essa informação. Seus olhos estão voltados para enxergar seu percebido fracasso.

Quem está disposto a pagar o preço?

Outro erro na hora de se comparar com os outros, é que certamente nossos interesses não é igual ao da maioria das pessoas com quem convivemos.

O ponto de partida, as dificuldades, as vantagens, os motivos pelos quais se inicia um novo projeto e vários outros pontos fazem com que cada situação seja única.

É aí, que depois de se escolher um caminho, devemos nos perguntar se estaremos dispostos a pagar o preço necessário para se chegar ao outro lado.

Muita gente diz que quer algo, mas está longe de querer fazer o que é necessário para conseguir.

Ficamos apenas admirando resultados dos outros, mas ignoramos os sacrifícios necessários. É hora de encarar de frente a realidade.

Faça ou não faça, mas não fique mentindo para si mesmo no meio do caminho. Saber que a jornada será difícil e que não existe uma linha de chegada definida, te ajuda a manter a sua disciplina ao enfrentar qualquer obstáculo.

Como não se comparar com os outros?

A pergunta que vai nos guiar, é: estamos melhores hoje em relação ao dia de ontem?

Seja o que for, se lembre de avaliar todo o cenário. As vezes o resultado não tem nada a ver com o esperado, mas é bastante positivo.

Você pode dizer que na verdade não está melhor em nada e tenho certeza de que isso está errado. Sabe por quê?

No mínimo, alguém que vivia dizendo que iria fazer algo agora é alguém que faz. Desde o primeiro dia que resolveu mudar.

Quem já deu o primeiro passo, vai estar anos na frente de quem não deu. Por agora, só será necessário persistir e encontrar a melhor forma de chegar do outro lado.

Saiba perceber quando está perdendo tempo se comparando com os outros e comemore o reconhecimento.

Se torne o herói da sua própria história

É preciso que todo dia você esteja aumentando a quantidade e qualidade de coisas que te levam para onde quer e reduzindo as coisas que te distanciam de lá.

Matthew McConaughey, em seu discurso da premiação do Oscar de 2014, aborda esta questão de forma fantástica.

Ele disse que quando tinha quinze anos, o perguntaram quem era seu herói. Ao pensar por um tempo, respondeu que seria ele mesmo aos vinte e cinco anos.

Só que todo dia o herói dele mudava para ele mesmo daqui a dez anos. Seu herói era algo a ser perseguido sempre e não uma linha de chegada. Genial, não é?

A fala em si já vale um prêmio. Infelizmente não encontrei versão com legenda em português. Se não problema para você, segue o vídeo:

Permitir que o Youtube carregue o vídeo?
Sim
*Em smartphones, só incorporamos vídeos após sua autorização.

Portanto, seja o herói da sua própria história.

Esqueça a comparação com os outros. É preciso ser melhor hoje ao se comparar com o dia de ontem. Por enquanto, será mais que o suficiente.

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Artigos do site mencionados

Referências externas¹

Livros mencionados²

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